quarta-feira, maio 09, 2007


EXPERIMENTANDO NOVAS TÉCNICAS


Boa (chuvosa) tarde, leitores!

Após um período de jejum, hoje volto ao meu blog para postar o resultado de uma nova experiência fotográfica que aprendi, o HDR. HDR vem do inglês High Dynamic Range, algo como "alto alcance dinâmico". E o que seria isso?

Quando tiramos uma fotografia em situações de contraste alto - como um pôr do sol, por exemplo, a tendência é o fotômetro da máquina "ler" a cena em razão das luzes altas, regulando a câmera para captar detalhes nessa área de maior quantidade de luz. Quando isso acontece, as áreas onde a luz é menos intensa ficam um breu quase total, pois o alcance cromático do filme/sensor é limitado, não conseguindo captar detalhes nas áreas de sombra, mostrando-as na foto apenas como silhuetas. Resumindo: consegue-se captar os tons e detalhes do céu, mas o resto torna-se bastante escuro, sem detalhes. Uma das maneiras de corrigir esse problema é fazer a compensação da exposição, neste caso, expor o filme/sensor à luz por mais tempo do que o fotômetro recomenda, para reter detalhes nas sombras também. Mas o que isto custaria? Simples: os detalhes do céu se esvairiam. As áreas de sombra agora teriam bastante detalhes, mas o céu ficaria uma coisa branca, sem vida. Parece problemático, não?

Muitas vezes a intenção é exatamente criar silhuetas e mostrar as cores, para criar um clima "romântico" na foto. Mas se você quer reter tanto as cores quanto os detalhes, o HDR é a solução. Mas como funciona essa joça? De forma relativamente simples.

Para obter uma foto com o alcance dinâmico alto, você deve fazer várias fotos do mesmo assunto, na mesma posição, com valores de exposição diferentes. Desta forma, é possível fazer fotos expostas para reter tanto as cores quanto os detalhes. O ideal é realizar este processo com o auxílio de um tripé, para que as fotos tenham exatamente a mesma posição. Variando os valores de exposição (EVs) para mais e para menos em relação ao valor original determinado pelo fotômetro, consegue-se, nas exposições mais escuras, reter as cores, e nas exposições mais claras, os detalhes nas áreas de sombra. A foto que mostro hoje aqui foi confeccionada a partir de 5 fotos diferentes feitas no mesmo horário, com EVs diferentes. Usei um programinha chamado Photomatix para fundir as cinco fotos em uma só é... voilà! Lá está a Pedra de Itapuca, mostrando todos os detalhes da sua textura pétrea, sem destruir os detalhes e lindas cores que o céu exibia naquela tarde. Bendita invenção esse HDR!

5 comentários:

Anônimo disse...

Ficou muito linda a foto...
eu ainda não comecei a usar a minha Canon 350D direito...sem tempo!!
Beijos e saudades...

Rodrigo Neves disse...

Como assim??? Com uma câmera legal dessas na mão e nada ainda?? rsRSssrs!
Bem-vinda de volta ao meu blog!

Marta disse...

MUITO, MUITO legal isso que você escreveu.
E a foto está linda!
Posso dizer que, com essa técnica, a foto fica mais parecida com o que a gente vê realmente?
Eu tirei umas fotos de um pôr-do-sol lá na Urca e fiicou exatamente como vc descreveu (silhuetas). Mas nesse caso eu queria isso mesmo. Depois te mostro.
Beijos!

Anônimo disse...

Meu irmão!!!

Como vc já sabe sou seu fã e acho que vc está na profissão errada!!! trata de se tornar um fotógrafo profissional que esta é a sua praia!!! um beijão do seu irmão!!!

Anônimo disse...

Olá Rodrigo !! Parabéns pelo blog.

As dicas foram muito boas e a foto ficou sensacional.

Forte abraço !

JC Couto