sexta-feira, setembro 11, 2009


CHEGANDO MAIS PERTO


Olá, leitores! Desculpem-me pela longa ausência, mas é que depois que minha filha nasceu, tenho tido muito pouco tempo para me dedicar à internet. Mas a espera compensa, e neste meio-tempo aproveitei para tirar umas fotos. Ah, e a minha coleção de câmeras cresceu também: agora sou o feliz proprietário de uma Rolleiflex 3.5/75 e de uma Canon EOS 30, sendo que a última veio com um conjunto de filtros, dentre os quais um filtro Closeup +4 da Kenko, uma espécie de lente extra para fotografia em macro.

Fotos em macro são, de um modo geral, atraentes pelos detalhes que geralmente passam desapercebidos aos nossos olhos. O legal é que detalhes de praticamente tudo podem se tornar interessantes quando fotografados "intimamente", bem de pertinho, só que a um preço que pode ser caro: a profundidade de campo - área à frente e atrás do assunto que se encontra em foco na foto - é ínfima, e muitas vezes, a luz é pouca para uma fotografia feita sem tripé. Isso sem esquecer do preço de lentes específicas para este fim, que geralmente custam muito, mas muito dinheiro.

Entretanto, para o fotógrafo de bolsos mais rasos, há alternativas mais baratas que alcançam resultados de bons a muito bons. Dentre tais alternativas, há o tubo de extensão, o fole de extensão e os filtros closeup, que é o foco da coluna de hoje.

Filtros closeup são lentes acessórias que são acopladas à frente da objetiva - daí seu "apelido" de filtro, pois não é um na verdade - e que aproximam o foco de acordo com variações de dioptria. As variações mais comuns de dioptria são +1, +2, +3 e +4, e estes números correspondem à capacidade de aproximação do filtro. Eles ainda podem ser usados em conjunto para conseguir uma aproximação animal, mas claro que no final das contas a nitidez acaba sofrendo com o excesso de elementos à frente da objetiva.

Como é uma opção barata de fotografia macro, a maioria dos filtros closeup sofrem de um problema crônico: a definição nas bordas da imagem sofre uma suavização, e eles geralmente apresentam bastante aberração cromática, que é um fenômeno ótico que dispersa as cores, principalmente nas bordas da imagem. Mas, para minha sorte, o filtro que veio de brinde na minha Canon não sofre tanto dos problemas que citei. Resultado: tenho usado e abusado dele, tentando criar novas composições, mais próximas do meus assuntos. É um exercício fotográfico bastante prolífico, e as possibilidades são virtualmente infinitas.

Então, passeando pela rua de câmera em punho, deparei-me com esta simpática florzinha, que descia de uma espécie de trepadeira, no muro da portaria de um prédio. Aproveitei que estava com o filtro closeup e tirei esta foto, bem pertinho da flor. Usei a abertura máxima da objetiva, para manter o fundo bem desfocado, e apertei o botão disparador. O resultado foi exatamente como havia imaginado.

Esta sessão fotográfica também foi uma oportunidade para experimentar o negativo Fuji Pro 160S, um negativo da linha profissional da Fuji que tem cores muito bem balanceadas, com uma profundidade tonal muito boa. Como anda difícil achar negativos como este nas lojinhas de fotografia comuns, comprei um lote dele no e-bay - site de compra e venda americano, similar ao Mercado Livre - e recebi o produto no conforto da minha casa, e o que é melhor: por um preço melhor do que o praticado aqui. Como adoro fotografar com filme, certmente outras encomendas como essa acontecerão no futuro.

Bom, espero que tenham gostado da explicação e da foto, e que a coluna de hoje tenha servido como inspiração para os amantes da macrofotografia experimentarem as alternativas disponíveis para alcançar os resultados desejados.

Até a próxima edição!