terça-feira, dezembro 15, 2009

Correndo contra o tempo



Olá, leitores! Há algum tempo não fotografo paisagens, puramente por falta de tempo ou falta de algum lugar próximo que realmente valha a pena - seja por ser diferente, ou por estar diferente. Além do mais, geralmente acabo de trabalhar quando a noite já caiu, tornando minha atividade fotográfica quase inútil para este tipo de registro.
Entretanto, hoje voltei mais cedo do trabalho, cheguei em casa e fui verificar minha caixa de correio eletrônico. Sentado ao computador, próximo à janela, percebi que as cores da atmosfera estavam diferentes, com um certo amarelado incomum. Já vacinado em relação a estas mudanças - quando isso acontece é porque o céu exibirá, via de regra, cores deslumbrantes - peguei minha câmera e a bicicleta para correr para o alto da ladeira do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, pois, de acordo com a hora, teria apenas alguns míseros minutos para registrar as cores do por-do-sol. Esbaforido, subi a ladeira de bicicleta como um iron man e consegui chegar lá. Do topo, a vista era tão desbundante que quase chorei. Nessas horas, a fotografia assume seu papel maior, o de registrar momentos que nunca vão sumir de sua memória. A imagem que posto hoje é uma que acontece raramente, e todo o esforço para consegui-la foi válido. Claro que eu não perderia isso por nada, pois uma oportunidade única como essa não é para ser desperdiçada. Espero que gostem.

segunda-feira, dezembro 07, 2009


CRIANDO ILUSÕES


Um dos poderes que a fotografia tem e que sempre me fascinou é a possibilidade de criar ilusões. Desde pequeno sempre me interessei por ilusões de ótica e outros fenômenos óticos em geral, como a estereoscopia, por exemplo.
Um fenômeno interessante que virou até meio clichê no mundo da fotografia é a refração, que cria ilusões bem interessantes. As fotos mais comuns que fazem uso desse fenômeno mostram elementos do plano de fundo da fotografia invertidos em pingos de água. Entretanto, este fenômeno só é observável com facilidade quando usamos objetivas macro potentes, ou filtros close-up como o que usei para foto de hoje, para que possamos nos aproximar o máximo possível do assunto fotografado.
No dia em que fiz esta foto, havia chovido a noite anterior inteira, deixando o jardim que fotografei completamente molhado. Como gotículas dão uma esteticidade especial a fotos de flores e afins, aproveitei a oportunidade para tentar algumas tomadas.
No início, não conseguia achar flores bonitas o suficiente para serem fotografadas. Todas já haviam aparecido em alguma foto minha anterior, e fotografá-las novamente simplesmente não fazia sentido. Ao começar a testar o quão próximo eu conseguia chegar das folhas, o fenômeno da refração ficou bem evidente em uma das aproximações. Como não havia nada de interessante no plano de fundo para tornar o fenômeno atraente no registro, decidi usar minha própria mão como elemento refratado e criar algum interesse na foto. O resultado é este que vocês podem conferir.
Essa foi minha primeira experiência com a refração, e ainda é muito ruim se comparada às outras fotos que já vi do assunto. Mas, com treino e insistência, eu ainda conseguirei uma foto mais formidável que essa, e quando a conseguir, podem ter certeza que a compartilharei com todos aqui.