quarta-feira, agosto 04, 2010

Paço Imperial - RJ
Instantâneos Lo-Fi


 Olá, leitores!
A postagem de hoje mostra um fenômeno que vem acontecendo nas grandes cidades do mundo: com o advento do celular equipado com câmeras digitais, todo mundo virou fotógrafo - bom ou ruim - e a atividade fotográfica nunca foi tão prolífica como agora. Entretanto, não são todos que têm condições financeiras de adquirir um celular cuja câmera tenha uma qualidade aceitável para ampliações médias, mas para publicação na web, a grande maioria dá para o gasto.

Relógio do Largo da Carioca































































Meu celular que tem uma câmera melhorzinha, de 3.2 megapixels, não está funcionando, então eu peguei o celular Xing Ling da minha mãe emprestado, que tem uma fantástica câmera VGA - ou seja, a resolução máxima da foto é de 640x480, algo como meio megapixel. Sendo tão tosca, decidi iniciar um projeto que sempre tive vontade de levar à frente, que é fazer instantâneos urbanos usando uma câmera sem recurso nenhum - e, convenhamos, esse celular veio bem a calhar para a tarefa. 
Recentemente estive no Rio para resolver uns problemas, e aproveitei que estava por lá para dar o pontapé inicial no projeto. A cidade do Rio é cheia de lugares interessantes e históricos para fotografar, mas como não estava a passeio, fiz apenas alguns instantâneos tentando captar a atmosfera da cidade. A primeira foto ilustra o icônico Paço Imperial, onde tentei fazer uma composição altamente inspirada nos instantâneos de Cartier-Bresson, e a segunda foto ilustra o relógio do Largo da Carioca, ponto da cidade que ferve o dia inteiro. Como um celular é uma engenhoca de dimensões diminutas, pude fotografar sem ser perturbado e sem os olhares curiosos dos transeuntes. Sendo uma câmera tão limitada, seu foco é fixo no infinito, o que agiliza o processo de captura da imagem, uma vez que não é preciso esperar o - sempre lerdo - foco automático das câmeras de celulares mais avançados. O sensor dela é extremamente pequeno e sua lente é de plástico, o que contribui para toda sorte de "defeitos especiais": altos níveis de ruído, detalhes finos totalmente ausentes, aberrações cromáticas até o último pixel e luzes altas totalmente estouradas. Mas ainda assim, achei que seria possível conseguir algumas composições interessantes. Gostei tanto da brincadeira que estou pensando em comprar uma point and shoot de plástico só para essa modalidade de fotografia - uma dessas toy cameras de lente de plástico, foco fixo e flash embutido. Se der, compro uma mais "sofisticada" que ofereça outros "defeitos especiais", como a Lomo ou a Diana. Certamente será um prazer exercitar meu olhar fotográfico com essas belezinhas.

2 comentários:

Anônimo disse...

sup teacher! I'm Daniel from 2º G and i saw ur flickr, and i have to say:

nice photos! when i get my camera i hope i can take as good as, or better pictures! see you in class

Flávio Souza disse...

Saudações!


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